Eduardo Amorim; Mário Gomes. 2020. Abarema barnebyana (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Morim et al., 2020), com distribuição: no estado do Espírito Santo — nos municípios Aracruz, Linhares e Vitória.
Árvore com até 9 m de altura (Chagas et al. 2017), endêmica do Brasil (Morim et al., 2020), com distribuição no estado do Espírito Santo, nos municípios Aracruz, Linhares e Vitória. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Restinga (Morim et al., 2020). Análises evidenciaram um tamanho populacional reduzido a poucos indivíduos adultos, cuja localidade de ocorrência também é reduzida na zona costeira do estado do Espírito Santo (Chagas et al., 2017). Apresenta EOO= 2677km², AOO= 32km² e três situações de ameaças. Na Mata Atlântica, a conversão do uso da terra para atividades agropecuária é um dos principais vetores de modificação, causadores de perda de biodiversidade (Joly et al., 2019). Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica do período de 2019, da área total de 130.973.638 ha da Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica - AALMA (Lei nº 11.428/06), apenas ca. 19.936.323 ha (15,2%) correspondiam a áreas naturais (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2020). Os municípios Aracruz (ES) e Linhares (ES) possuem, respectivamente, 35,88% (51093,9ha) e 48,51% (169611,7ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). Diante desse cenário, portanto, infere-se o declínio contínuo em extensão, qualidade de habitat, número de situações de ameaças e número de indivíduos adultos. Assim, Abarema barnebyana foi avaliada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (busca por novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Cumprimento de efetividade de Unidade de Conservação e conservação ex situ) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção. A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espírito Santo - 33 (ES).
Descrita em: Kew Bull. 64(2), 272, 2009. É reconhecida pelos foliólulos com ápice arredondado a obtuso, possui legumes com valvas falcadas a espiraladas, glabros; sementes 5,8-8,3 × 5-7,4 mm, obovadas, pleurograma apical-basal, fechado. É afim de A. limae, mas difere pelos foliólulos com ápice arredondado a obtuso em A. barnebyana, enquanto A. limae apresenta foliólulos com ápice agudo. Também é afim de A. brachystachya pela forma dos foliólulos, número de pares de pinas e flores heteromórficas, mas difere pelos foliólulos maiores e ovário seríceo (Iganci e Morim, 2012, Chagas et al., 2017).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,present,future | national | very high |
Na Mata Atlântica, a conversão do uso da terra para atividades agropecuária é um dos principais vetores de modificação, causadores de perda de biodiversidade (Joly et al., 2019). Os municípios Aracruz (ES) e Linhares (ES) possuem, respectivamente, 35,88% (51093,9ha) e 48,51% (169611,7ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
Somado à isso, com 228781 ha de área ocupada com árvores de Eucalyptus spp., o Espírito Santo é o sexto estado da federação com a maior área plantada em 2014 (Ibá, 2015) | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present | regional | high |
Municípios de ocorrência da espécie, como Vitória (ES) possuía apenas 14% de vegetação nativa em 2010 (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2011). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded | habitat | past,present | regional | high |
E ainda, A prática de queimar os canaviais com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e, desta forma, facilitar a colheita se consolidou na década de 1970, com o surgimento do Programa Nacional do Álcool. Ao contrário de outras regiões canavieiras do País, na região de Linhares (ES), os solos de tabuleiro passaram a ser cultivados com cana-de-açúcar apenas nas últimas décadas (Mendonza et al., 2000). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espírito Santo - 33 (ES). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Reserva Biológica de Comboios. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |